QUANDO O AMOR NÃO ESCOLHE IDADE

Quando se conheceram, ele estava viúvo e tinha 55 anos. Ela, solteira, tinha 45. Estavam no Verão de 1992 quando se cruzaram pela primeira vez.
Falamos de Preciosa João e Manuel Guerra Santos, residentes no Souto da Carpalhosa, um casal que, celebrou o matrimónio em 1993. Talvez para a maioria, casar nesta idade já seja “tarde”. Mas, Preciosa e Manuel são a prova de que os sentimentos não têm prazo de validade.
Manuel contou-nos como conheceu Preciosa. Tinha enviuvado ainda não há muito tempo, quando começou a meter-se com “todas as mulheres que andassem vestidas de preto”, numa forma de estabelecer conversa. Curiosamente, foi assim que conheceu aquela que viria a ser a sua esposa. Preciosa andava vestida de preto, pela alma de sua mãe, e um dia, no regresso do trabalho, Manuel parou ao lado dela e, fazendo-se de perdido, pede-lhe algumas indicações. E foi aqui que se estabeleceu o primeiro de muitos contactos. “Dias mais tarde fomos jantar fora, mas estávamos tão nervosos que nenhum dos dois jantou”, conta Manuel, entre risos.
Depois de um ano de namoro, Preciosa e Manuel decidiram dar o passo mais sério e casar. “Quando fomos tratar dos papéis para casar, a senhora que lá estava olhava muito séria para nós”, disse Manuel, referindo-se à estranheza que os outros podiam achar por estarem a contrair matrimónio.
Hoje, 15 anos depois de darem o nó, estão os dois reformados, mas não é por isso que têm menos trabalho. Há sempre coisas para fazer.
“Nós somos a prova de que o amor não tem idade”, afirma Manuel. Preciosa partilha da mesma ideia do marido e afirma que “vai-se sempre a tempo para namorar”.
Idades diferentes, experiências de vida diferentes, mas um sentimento em comum.


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