VENHA 2009!

Mais um ano chegou ao fim. É tempo de fazer um balanço ao ano de 2008 e fazer projectos para 2009.
Desde que ando nestas lides autárquicas, considero o ano de 2008 como o mais difícil, porque algumas das obras idealizadas não foram possíveis de realizar, sobretudo por falta de financiamento. Foi um ano em que não houve praticamente investimento directo da Câmara Municipal na nossa freguesia, nem tão pouco delegações de competências.
Para 2009, e apesar de persistirem as dificuldades, estamos bastante optimistas e esperançados em poder realizar as obras que já estavam previstas para 2008, entre outras.
Já temos garantidas verbas para avançarmos com a construção do campo de jogos e da sala polivalente junto da EB1 de Souto da Carpalhosa, bem como para o armazém da junta, cujos trabalhos já principiaram. O mesmo acontece para iniciarmos a construção da Casa Mortuária e ainda irá haver folga para requalificarmos algumas ruas.
Estamos convictos que a Câmara Municipal, depois de cumpridos os prazos legais relacionados com o concurso do Pavilhão do Souto, dará luz verde para o arranque da sua construção.
O ano de 2009 será também o ano de arranque das obras da rede saneamento na nossa freguesia. Assim esperamos.
O executivo da Junta de Freguesia aproveita a oportunidade para desejar a todos continuação de Boas Festas e deixa aqui os votos de Bom Ano Novo.

José Carlos Gomes

NATAL DIFERENTE, UM MUNDO NOVO!

As lâmpadas irradiam luz que se espalha no escuro da noite, ou timidamente no interior das casas e, em mais espampanante manifestação, nas lojas, onde têm como missão cativar e atrair para um maior consumo. Provavelmente com um pouco mais de economia, dadas as manifestas dificuldades em que nos estamos a atolar, construímos um Natal mais modesto exteriormente. Isso pode ter a “solene” vantagem de nos obrigar a repensar, por um momento que seja, o verdadeiro espírito do Natal. Ele começou por nascer de uma festa pagã que festejava o “Dia do Sol”, o “Deus Sol”, por ocasião do solstício de Inverno: os dias começam a “crescer” e as noites a “minguar”. Com o intuito de cristianizar a festa pagã, a Igreja deu-lhe um sentido novo escolhendo esse mesmo dia para celebrar o Natal, o nascimento de Jesus “Luz das nações”.
Os tempos passaram e o espírito inventivo dos homens consumistas soube substituir a imagem do Menino Jesus por um velho de barbas brancas. De São Nicolau, Bispo, retiraram o espírito generoso no serviço dos mais pobres, partilhando com eles os seus bens, para transformarem esta imagem do velho de vermelho em “dador” de presentes, quando de facto ele não é mais que um chamariz a que nesta época todos transformem tudo em consumo, para o qual muitos têm precisado de fazer pedidos de dinheiro aos bancos, até há bem pouco tempo, “facilitistas” no financiamento do crédito.
São Nicolau foi transformado no Pai Natal, o Menino Jesus, como presente por si mesmo, foi substituído por camadas de tralhas e bombons, e o amor que nos levava ao verdadeiro encontro de uns com os outros foi abalroado pelos presentes que, supostamente, manifestam a relação entre pessoas, mas que em muitos dos casos são simples tentativas infrutíferas da substituição do carinho, do tempo, da amizade, do amor e do afecto que não temos capacidade de distribuir e oferecer pelos que nos são mais próximos. Por isso, e muito mais, o Natal perdeu o seu espaço para o espírito pagão do passado longínquo.
Um novo ano está por aí já a despontar, queira Deus que no seu decurso possamos recuperar os empregos perdidos, se afaste de nós o medo da insegurança em todos os sentidos, nos seja devolvida a possibilidade de poder gastar muito, mas que isso seja acompanhado por um espírito novo de poupança e de capacidade para a preparação de um futuro mais justo e fraterno. Se a sociedade está a destruir as nossas raízes familiares, o novo ano e a crise nos ensine a caminhar em contra-ciclo, guiados não pelos outros pelo nosso interior mais profundo, que conduz à redescoberta do ser humano.

Pe. José Baptista

FUNCIONÁRIOS DA JUNTA REÚNEM-SE EM JANTAR DE NATAL

Foi no passado dia 19 de Dezembro que a Junta de Freguesia reuniu todos os seus funcionários num jantar de Natal. O jantar decorreu no restaurante “O David”, em Ortigosa, e juntou cerca de 30 pessoas. Mais do que um jantar, foi uma noite de convívio e confraternização.

CHÃ DA LARANJEIRA E ASSENHA EM FESTA

E nada melhor do que começar o novo ano em festa. É já no dia 1 de Janeiro que Chã da Laranjeira e Assenha celebram os festejos em honra de São Bento e Nossa Senhora da Memória.
A abertura do arraial está prevista para as 10h00, com quermesse e serviço de bar e restaurante. Meia hora mais tarde começa a animação com a chegada da “Bandinha da Alegria”. Pelas 11h30 realizar-se-á a missa solene em honra dos padroeiros, seguida de procissão. Às 14h30, a “Bandinha da Alegria” é mais uma vez protagonista numa tarde de animação. Também para animar a tarde, subirá ao palco o já bem conhecido rancho folclórico “Estrelas das Várzeas”. Ao cair da noite, mais concretamente pelas 20h00, será a vez de actuarem Virgílio Ferreira e Manuel Ribeiro.
A comissão de festas convida a todos a aparecerem e a darem as boas-vindas ao novo ano num dia de festa.

"EM CADA DIA HOUVE UM BOM MOMENTO"

Chama-se Ernesto Ferreira e, aos 67 anos, era o funcionário mais velho ao serviço da Junta de Freguesia do So
u
to da Carpalhosa. Residente no Vale da Pedra, Ernesto Ferreira entrou para a Junta de Freguesia em 2004, quando ainda Susana Silva estava em exercício de funções.
Na junta foi de tudo um pouco. “Fui motorista, pedreiro, jardineiro… fiz de tudo um pouco. Mas, acima de tudo, gostei sempre daquilo que fiz”, afirma, com um sorriso nos lábios.
Ernesto começou a trabalhar com apenas 13 ou 14 anos, agarrado à charrua para semear as terras. Foi emigrante em França e na Alemanha. Mais tarde, já em Portugal, entrou numa fábrica de plásticos onde trabalhou boa parte da sua vida. Este foi o seu último local de trabalho antes de se tornar funci
onário ao serviço da Junta de Freguesia.
Sobre o ambiente de trabalho que viveu na junta, Ernesto foi rápido na resposta. “O ambiente era muito bom! Sempre me dei muito bem com os colegas de trabalho”.
O dia 31 de Dezembro foi o seu último dia de trabalho. Por motivos de saúde da sua esposa, decidiu abandonar as funções. “Deixo este meu trabalho com alguma tristeza… pois gosto muito de todos e daquilo que fazia, mas por motivos pessoais, assim tem de ser”.
Quando o NOTÍCIAS DA FREGUESIA lhe perguntou qual tinha sido o pior momento ao serviço da Junta de Freguesia, Ernesto foi firme ao dizer que “foi uma multa” que apanhou. Quanto ao melhor momento, apen
as disse: “Em cada dia houve um bom momento”.
Como desejo futuro para a junta, Ernesto Ferreira disse-nos que “gostava que continuassem o bom trabalho que têm feito”. “Há trabalhos que nem sempre são visíveis aos nossos olhos, mas faz-se ali muito!”, rematou.


TRABALHOS DA JUNTA NO FINAL DO ANO

No mês de Dezembro realizaram-se vários trabalhos por toda a freguesia do Souto da Carpalhosa. Desses mesmos trabalhos, conta-se as limpezas das ruas e valetas na Chã da Laranjeira, a colocação de tubos e grelhas e abertura de sarjetas em S. Miguel e mais alguns trabalhos no Souto e por toda a freguesia, principalmente no que concerne ao arranjo de ruas.

JOSÉ ALEIXO ENCONTRADO

Foi encontrado morto, no Souto de Cima, no passado dia 26 de Dezembro, José Jorge Aleixo do Pinhal. O conhecido “Zé Aleixo” foi encontrado defunto por um habitante do Souto, num aqueduto, e já em avançado estado de decomposição. O homem, de 39 anos, residente no Souto, andava desaparecido desde o passado dia 12 de Novembro.

HÁ 13 ANOS SEMPRE ALERTA

No fim-de-semana de 24 e 25 de Janeiro, o agrupamento dos escuteiros do Souto da Carpalhosa celebra o seu 13.º aniversário. Para assinalar a data, estão previstas várias actividades para o fim-de-semana. Contudo, o culminar da data comemorativa assinala-se no domingo com um Festival de Sopas que, a ser como no ano transacto, promete ser um sucesso.
O agrupamento 1112 tem vindo a desenvolver algumas actividades, nomeadamente segunda e terceira secções – exploradores e pioneiros, respectivamente – que visam a angariação de fundos para a participação do Jamboree açoreano que irá decorrer já em Agosto de 2009. Também a quarta secção, os caminheiros, estão a dinamizar uma campanha de recolha de bens alimentares para distribuir junto das famílias mais carenciadas da paróquia. Esta iniciativa irá decorrer até ao início do mês de Janeiro.
O NOTÍCIAS DA FREGUESIA aproveita para deixar o seu voto de parabéns ao agrupamento.

UM ANO, DOZE MESES DE NOTÍCIAS...

... no distrito de Leiria
Janeiro – Monte Real e Fátima surgem como opções para aeroporto regional. População da Batalha abre “guerra” à construção de mais uma linha de muito alta tensão no concelho. Grupo Lena investe 20 milhões para reabilitação das Termas de Monte Real.
Fevereiro – Com a nomeação de José Miguel Medeiros para secretário de Estado da Protecção Civil, Paiva de Carvalho assume funções de governador civil.
Março – Primeiro-ministro vem a Leiria anunciar a construção de cinco novos eixos rodoviários, a construir até 2011. Acidente deixa Monte Redondo de luto – quatro mortos na passagem de nível de Montijos.
Abril – Centros Comerciais: Na rodoviária, na Avenida Heróis de Angola, prevêem a obra pronta em 2011 com a abertura do Leiria Fashion Street. Também para o mesmo ano está prevista a abertura do mega-centro comercial que, para além desta superfície, abarca um novo mercado municipal, um pavilhão multiusos, o maior Jardim de Leiria, bem como concluir o topo Norte do Estádio da cidade. Falamos do Forum Leiria.
Maio – Abertura do último lanço, Louriçal-Mira, da auto-estrada A17. São 60 km de auto-estrada com cinco nós de acesso. União Desportiva de Leiria desce à Liga de Honra.
Junho – Campeonato Mundial de Orientação esgota unidades hoteleiras na região, trazendo cerca de 3.500 atletas oriundos de 40 países. Descargas de pecuárias põem em risco água e terrenos agrícolas. Aumento dos combustíveis: paralisação dos camionistas instala pânico e provoca corrida às gasolineiras e supermercados.
Julho – Nematode ameaça Pinhal de Leiria. Os pinheiros bravos no distrito de Leiria são afectados por parasita que põe em causa a existência do Pinhal de Leiria. Novos investimentos no comércio da cidade de Leiria prometem causar impacto no mercado de trabalho até 2012, gerando cerca de 4350 novos postos de trabalho.
Agosto – Empresas da região investem 50 milhões em novos projectos. Os incentivos destinam-se a áreas como inovação produtiva, qualificação, empreendedorismo, investigação e desenvolvimento tecnológico. Violência doméstica – no primeiro semestre de 2008 a PSP e GNR de Leiria receberam 529 participações de vítimas de violência doméstica.
Setembro – Abre a primeira farmácia hospitalar do país, no Hospital de Santo André. Dois mil milhões de euros para investimento, na zona Oeste da região, que o Governo, municípios e privados se comprometeram a canalizar até 2017. Estado e universidades estudam viabilidade de abertura da Base Aérea de Monte Real ao tráfego civil.
Outubro – Febre do “Jogo da Bolha” alastra na região. A busca pelo dinheiro fácil, também como reflexo da crise, torna Leiria a capital do “Jogo da Bolha”. Topo nacional em acidente de viação. Leiria ocupa o primeiro lugar no que toca ao número de sinistros ocorridos face à população residente.
Novembro – Distrito destaca-se, a nível nacional, nos resultados do ranking nacional dos exames nacionais. O tema da crise, que afecta o comércio, é também manchete nos regionais. Na região os mais “endinheirados” começam a fechar cordões à bolsa. Mais poupanças e menos compras. Também em Novembro merece destaque a maior paralisação de sempre no Ensino: a greve dos professores mobilizou cerca de 93% dos docentes da região.
Dezembro – A mulher mais velha o mundo é de Ourém e festejou 115 anos. Maria de Jesus completou esta idade em Setembro. Contudo, foi em Dezembro que ganhou o estatuto de pessoa mais velha o Mundo, após a morte da norte-americana Edna Parker, também de 115 anos.

... na freguesia do Souto
Janeiro – Aniversário do agrupamento de escuteiros do Souto da Carpalhosa. O agrupamento 1112 comemorou o seu 12.º aniversário, promovendo um festival de sopas.
Fevereiro – Especial de Carnaval – as crianças desfilam mascaradas pelas ruas do Souto.
Março – Notas falsas em circulação. Foram detectadas algumas notas falsas, no valor de 20€, em pagamentos realizados na farmácia Ferreira da Silva, do Souto.
Abril – Rally do Vidreiro passa pela freguesia. A prova do desporto motorizado organizado pelo Clube Automóvel da Marinha Grande teve a primeira classificativa nos Campos do Lis.
Maio – Kit de combate a incêndios. A Junta de Freguesia do Souto da Carpalhosa foi uma das freguesias do concelho a ser contemplada com Kits Florestais de Primeira Intervenção de Combate a Incêndios.
Junho – Bênção da ala poente do cemitério do Souto. No evento estiveram presentes, para além de José Carlos Gomes, presidente da Junta de Freguesia do Souto, Isabel Damasceno, e os vereadores Fernando Carvalho e Neusa Magalhães.
Julho – Mulheres assumem “comando” nas festividades do Souto da Carpalhosa. Junta de Freguesia organiza, pelo segundo ano consecutivo, o passeio de seniores. Casal do Estremadouro cai no conto do vigário e é burlado em cerca de três mil euros.
Agosto – Comboio leva filarmónica a percorrer as ruas do Souto na recolha de andores na festa do lugar. Charneca do Nicho recebe o Jamborre’08 num evento de uma semana que reuniu cerca de 1400 escuteiros.
Setembro – Tasquinhas da freguesia repetem sucesso. Pelo terceiro ano consecutivo realizou-se o já famoso certame da freguesia: as Tasquinhas. Mais uma vez, foram milhares os que por lá passaram.
Outubro – Obras para a nova casa paroquial arrancam. Foi demolida a casa antiga e a construção da nova casa arranca a “todo o gás”. Também neste mês é inaugurado o ajardinamento junto à Igreja do Souto.
Novembro – Antecipamos a quadra e preparamos-lhe uma Ceia de Natal sem sair da freguesia. S. Martinho reúne Várzeas junto à capela. Também no Picoto a paella, as castanhas e a água-pé é motivo de reunião na sede da associação.

2008: O MELHOR E O PIOR

Mais uma vez, o NOTÍCIAS DA FREGUESIA foi para a rua. Desta vez, fomos procurar fazer um pequeno balanço do que foi o ano de 2008. O melhor e o pior do ano…

Arminda Silva Lopes, Jã da Rua
+ De positivo em 2008? Sinceramente, acho que não houve nada!
- Este ano foi um ano triste, com pouca luz, com poucos clientes (é proprietária do café Gomes). Aqui neste lugar, se faz um bocadinho de vento e de chuva, já não há electricidade… e depois não há café e, por consequência, não há clientes. E meios de transporte? Aqui mal passa um autocarro… Também a crise financeira foi uma das coisas mais negras deste ano…

Belmira Reis, Picoto
+ Não encontro nada de bom em 2008…
- Houve tantos atentados, crimes todos os dias… e o pior de tudo foi mesmo a crise financeira, que não afecta só a nível local, mas mundial! Depois, todos os dias se assistia a mais desemprego, fábricas a fechar… Já para não falar do aumento do ordenado que não acompanha os reais aumentos. Agora há só pobre e ricos. A classe média acabou.

Joel Mendes, Moita da Roda
+ 2008 foi mais um ano que passou… Para mim foi um ano de mudança, pois consegui entrar na Universidade, e este sim, foi um factor marcante. Na Universidade fazem-se novos amigos, e são estes que nos vão acompanhar na nossa vida académica. Este ano fica também mundialmente marcado pela vitória de Barack Obama às eleições dos EUA.
- A crise financeira e o mau estar económico que se travessa. Este ano acho que tocou a todos.

Sara Caetano, Carpalhosa
+ A construção da minha casa e a realização a nível profissional, uma vez que estou a trabalhar naquilo que realmente gosto de fazer. A descida – recente – do preço dos combustíveis também é bastante positivo.
- A crise financeira, sem dúvida. Ninguém ficou indiferente ao panorama mundial que atravessamos. Também o desemprego acho que foi muito negativo e, obviamente, também foi causa e consequência da crise financeira.

FORMAÇÃO É APOSTA GANHA

Formação. Nos dias que correm todos procuram obter um pouco mais de formação, ou o reconhecimento das competências adquiridas ao longo de uma vida. O mercado de trabalho torna-se mais exigente, e até mesmo a valorização pessoal de cada um, também.
O NOTÍCIAS DA FREGUESIA foi conhecer o processo de reconhecimento de competências que tem decorrido no Souto da Carpalhosa que, tem sido um sucesso. Fomos falar com técnicos, para nos explicarem como se processa tudo isto, e com formandos de RVCC para sabermos quais as suas motivações.
Na nossa freguesia, as pessoas juntaram-se e junta cedeu as instalações. Por fim, foi só pôr mãos à obra.
Foi no Centro Novas Oportunidades, do Centro de Formação Profissional de Leiria, que fomos encontrar Hélio Sousa e Cristina Ramalhal, dois dos responsáveis pela formação profissional em Leiria. Hélio Sousa, técnico de RVCC de um dos dois grupos no Souto da Carpalhosa, começou por referir que após uma primeira sessão de esclarecimento sobre o que é o RVCC, a afluência foi tal que houve necessidade de constituir um segundo grupo de trabalho. “No caso do Souto, o processo está a decorrer com bastante entusiasmo”, afirmou Hélio.
Mas, afinal, o que é o RVCC? O RVCC – Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências – é um processo que permite valorizar as aprendizagens adquiridas ao longo da vida, nos diferentes contextos em que esta se desenrola, seja em casa, no trabalho, no seio dos amigos, família…, atribuindo equivalência aos níveis de escolaridade do 4.º, 6.º e 9.º ano.
O processo de RVCC não se deve confundir com o processo de ensino normal. Tal como explica Hélio Sousa, “no ensino dito normal aprende-se competências novas, no processo de RVCC existe o reconhecimento de competências já adquiridas”. No caso particular do Souto, Hélio referiu ainda que a média da faixa etária dos formandos é entre os 35 e os 45 anos e, na maioria, trata-se de pessoas empregadas. No que respeita ao empenho, “no Souto existe muito à vontade, muita motivação e muita empatia”, declarou.
Cristina Ramalhal refere que a ideia a reter é que o processo de RVCC é o oposto da vida escolar: na escola aprende-se, no processo de RVCC demonstra-se o que a vida ensinou. “É um processo que procura fazer justiça aos conhecimentos aprendidos ao longo da vida”, disse.
Ao longo de 12 sessões semanais, com a duração de 2,5 horas cada, com uma equipa constituída pela técnica de RVCC e formadores das diferentes áreas de competência-chave, os formandos são apoiados na construção de um dossier pessoal de competências que deverá reflectir o conjunto de aprendizagens que a experiência de vida lhe proporcionou.
Este processo de validação de competências destina-se a todos os maiores de 18 anos, activos ou desempregados, que não tenham a escolaridade obrigatória. Como o conhecimento e a experiência de vida de cada um é diferente, foram criadas áreas de competência-chave sobre as quais se organiza todo o processo: Linguagem e Comunicação, Cidadania e Empregabilidade, Matemática para a Vida e Tecnologias de Informação e Comunicação. É com base nestas competências-chave que os formandos vão elaborando o seu dossiês de trabalho que será apresentado no final e que lhes dará direito à validação final que legitima, ou não, a demonstração de competências.
O processo de RVCC é preciso ter em conta que não se trata de uma escola. Não há professores, mas sim formadores. Não há aulas, mas sim sessões.
Tal como foi referido, uma das competências é a informática, mais concretamente as Tecnologias de Informação e Comunicação, e tal como os alunos do ensino normal têm direito ao acesso a computadores portáteis a baixo custo, também os formandos de RVCC têm a mesma oportunidade o que, para quem começa a aprender a trabalhar com a informática e lhe ganha gosto, é bastante vantajoso.
Para já, estão previstas novos processos de RVCC, para novos formandos, que irão decorrer já no início do ano, entre Janeiro e Fevereiro.

O NOTÍCIAS DA FREGUESIA falou também com dois formandos do RVCC no Souto da Carpalhosa, Margarida Jordão e Ricardo Bicho.
Margarida Jordão, da Moita da Roda, tem 43 anos e trabalha na área de seguros. Com o 6.º ano de escolaridade, Margarida sempre quis ir mais além na aprendizagem. “Apesar de estar empregada, achei sempre muito importante a formação”, disse. Ouviu falar no programa “Novas Oportunidades” e foi aí, depois de procurar a devida informação, que começou o passa-a-palavra para que fossem reunidas as condições necessárias – número de formandos considerável – para que a formação se realizasse perto de casa, neste caso, no Souto da Carpalhosa. Assim foi. Para a formação de uma turma eram necessárias cerca de 15 pessoas, número limite de cada grupo para reunir as condições ideais. Contudo, a aceitação na freguesia foi tal que foi necessária a criação de duas turmas. Margarida contou-nos como se processa a primeira entrevista, individual, e todo o processo de RVCC, até à validação final dos trabalhos. Esta formanda frisou que, acima de tudo, o que a motivou, foi o desejo de ver reconhecida a aprendizagem que se vai adquirindo e, claro está, obter o 9.º ano. “Estou a gostar bastante e recomendo a todos os que queiram obter mais qualificação”, afirmou, declarando ainda que “o dinheiro não é justificação para não ir porque, afinal, só se pagam 5 euros para contrato e imposto”.
À semelhança de Margarida Jordão, também Ricardo Bicho está empregado, no sector da mecânica de automóveis, mas, mesmo assim, também procurou obter mais qualificação. “Só fiz o 5.º ano e sempre achei importante obter mais”, disse. Este jovem do Picoto, de 34 anos, lembra que o importante nas sessões de RVCC é “mostrar o que aprendemos ao longo da vida”. Ricardo tem vários amigos e vizinhos a fazerem o mesmo reconhecimento, e uma coisa garante: “ninguém diz que não está a aproveitar”. “O que muitas vezes custa mais é a falta de tempo. Sou marido, pai, tenho emprego… mas mesmo assim, arranja-se sempre tempo. Com um bocadinho de esforço, tudo se arranja”, disse, sublinhando que o “tempo” não é, propriamente, uma justificação para não entrar no RVCC. Da sua experiência no RVCC, Ricardo sublinha a aprendizagem na área de informática. “Agora, já sei fazer um documento no computador, uma carta, contas, ir à Internet… Hoje em dia para tudo é preciso informática. E eu dei-me muito bem!”, confessou, mostrando ainda alguns trabalhos desenvolvidos para o processo de RVCC. “Hoje estou empregado, amanhã posso não estar. Agora, com a aprendizagem de informática e com o reconhecimento do 9.º ano, acho que tudo se torna uma pouco mais fácil”, disse. A duração do RVCC é de cerca de três meses o que, para Ricardo, “é muito pouco tempo”. Contudo, lembra que “é fantástico ver o que o pessoal evoluiu em apenas três meses”. Tal como Margarida, também Ricardo recomenda o RVCC para todos os que não têm a escolaridade mínima e diz ainda que “devia ser mesmo obrigatório para quem não tem a escolaridade obrigatória ou está desempregado, independentemente da idade!”.

DA JUNTA PARA A UNIVERSIDADE

E por falar em formação e em enriquecimento, o NOTÍCIAS DA FREGUESIA foi falar com Cidalina Reis, um rosto bem conhecido da Junta de Freguesia do Souto da Carpalhosa. Cidalina também decidiu apostar mais na sua formação e, desde Setembro, está a frequentar o curso de Serviço Social na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Instituto Politécnico de Leiria (IPL).

Estás a tirar uma licenciatura em Serviço Social. Porquê a escolha por este curso?
Após sete anos de trabalho na Junta de Freguesia, tomei consciência que os problemas sociais são tantos, que gostaria de dar o meu contributo para a resolução dos mesmos. Esta foi a razão que me levou a optar por um curso relacionado com Assistência Social.

O que te fez, agora que já estás no mercado de trabalho, voltar a estudar? Porquê agora?
Porque foi agora que realmente descobri a minha verdadeira vocação e o que realmente pretendo fazer: trabalhar com a população de Terceira Idade.

Trabalhas e estudas. É difícil ser-se trabalhador-estudante? Como fazes o teu dia-a-dia?
Muito difícil…. Muito mesmo… Aliás, todos os que têm ambos os papéis têm de fazer uma grande ginástica diária. Há muita coisa no nosso dia-a-dia que deixamos pendente. Principalmente a família… Mas como a minha família entende e me apoia bastante… é sempre um esforço reconhecido e conto sempre com o apoio incondicional deles.

O que estás a achar do teu curso e da formação que estás a adquirir?
Além do curso ser muito difícil, é também muito interessante e realmente os meus conhecimentos estão a aumentar, sem dúvida.

Esperas vir a exercer alguma profissão na tua área de estudos?
Claro que sim, esse é o meu principal objectivo.

Face ao panorama actual (crise e desemprego) achas que vale a pena investir em formação?
Sempre. Quando realmente nós pretendemos algo temos de ir em frente e não ficar a ver a crise e os anos a passar por nós e lamentarmo-nos do que gostaríamos de ter feito e não o fizemos…

Como sabes, existe muita procura pela aquisição de formação. Veja-se o caso dos RVCC aí na Junta de Freguesia. Qual a tua opinião sobre esta adesão por parte da população?
Desde que as formações de RVCC apareceram a população tem sido positivamente receptiva a este tipo de mais-valias. Sem dúvida que neste momento, na nossa freguesia, as pessoas estão a tomar consciência de que é necessário adquirir mais formação, mesmo que não seja para fins laborais é, sem dúvida, importante para o enriquecimento pessoal.
Deixo aqui o meu apelo a todos os que gostariam de frequentar o RVCC, e outro tipo de cursos, mas muitas vezes dizem que não têm tempo, ou que já não tem idade para isso. Por favor… Querer é poder e sempre que queiramos, conseguimos tempo para o que mais gostamos de fazer. Quanto à idade, não é desculpa para ninguém, pois o saber não é limitado.

Continua a valer a pena estudar?
Sem dúvida que sim. É bastante gratificante e enriquecedor.

2009 - Ano PAR?

Sim, de facto se desejar que 2009 seja um ano Positivo, Afortunado, Risonho.
O começo de um novo ano traz consigo uma renovada e reforçada esperança no futuro próximo. A propósito é vulgar ouvirmos: “Espero que o novo ano seja melhor que o anterior”.
Assim como, todos concordamos que 2008 por vários motivos e mais algum foi marcado por diversos momentos difíceis. E pior, que isso, 2008 transformou muitos Homens e Mulheres.
Diariamente, certa palavra entrou em cada casa, contaminou miúdos e graúdos, e fortaleceu cada vez mais o pessimismo. É a crise dos bancos, dizem uns. É a crise das fábricas, dizem outros. É a crise… é a crise…
Contudo, este artigo tem como objectivo propor uma MUDANÇA. E por isso convido-o a fazer uma projecção positiva do novo ano. E para isso presenteio com uma sugestão e algumas "dicas”. Mas atenção, a criatividade fica na sua mão.
O primeiro aspecto que pretendo salientar é:
1. Use apenas palavras positivas na escrita dos seus desejos. Tente retirar as palavras "não", “nunca", "infeliz", "sozinha/o" e claro está, a palavra “crise” também. Por exemplo: "Eu desejo deixar de ser infeliz". Bem, este tipo de frase é melhor evitar, porque a conotação da palavra “infeliz” é demasiado negativa. Sugiro, antes "Eu desejo ser feliz."
2. Indique uma data limite para a concretização do seu desejo, porque a definição temporal é muito importante assim como o espaço.
3. Indique alguns detalhes, pois pense comigo: se desejar um emprego na sua área de formação e não indicar essa área, corre o risco de obter um emprego numa outra área qualquer! Ou então quando quer um café curto, mas pede apenas um café ao funcionário, ele trará o café e não o café curto que como desejava.
4. Escreva sempre frases no presente. Pois, é no presente que tudo acontece! O futuro pode ser daqui a muito tempo. Aliás, já reparou que vivemos no presente? Todos os dias podem ser magníficos presentes sem papel colorido, fitas e laçarotes. Os melhores presentes são aqueles que não se vêm, mas se sentem!
Ofereça a si um caderno simples de linhas e escreva tudo o que deseja para 2009. Depois, diariamente, leia e releia esses mesmos desejos. No final verá que conseguiu aqueles desejos onde colocou maior energia.
Feliz ano 2009, para todos os leitores!
Seja feliz! Faça alguém feliz!

Gastão Crespo

NATAL! MAIS UM!

Que vou eu dizer sobre esta linda quadra que ansiosamente esperamos? Desta vez, interroguei a minha consciência, mas a inspiração não me ajuda na objecção. Não queria recomeçar o ritual rosário alusivo às prendas, aos desejos de criança, seria recitar as mesmas larachas de sempre. Contando os meus anos, encontro-me mais com aspecto de Pai Natal que de Menino Jesus. Digo bem aspecto, porque Pai Natal não quero ser de forma alguma!
Sim, dantes, todos os meninos eram adeptos do Menino, hoje já assim não é! Vejam como as coisas mudam!
Quem diria há cinquenta anos que (os Lapónios) viriam a instalar-se no Souto da Carpalhosa?!
- Estranha forma de vida, constantemente agarrados a cordas, pendurados por telhados e varandas. Se observarem, até por detrás das paredes à escuta do que dizem os parceiros, afim de não praticar as mesmas burriquices, e lá vão, disfarçados em bonzinhos, com sorrisos fictícios de barbas mal atiladas para os não reconhecerem, fingindo que deixam prendas, usurpando ao mesmo tempo tudo o que lhes seja permitido. É preciso cuidado com a linguagem que utilizam, eu pessoalmente não os entendo, como não entenderá qualquer pessoa consensual. No entanto, há sempre alguém que confia no trajo.
Natal, propriamente dito, é mais do coração!
As prendas deveriam ser mais amor, mais fraternidade. Segundo as escrituras bíblicas, José e Maria foram exemplo disso mesmo, modestos, cordiais e família!
Natal deve ser todos os dias em cada lar, e na vida do quotidiano. O respeito é a lei da nossa civilização, que se deve, que se impõe ao comportamento dos homens e das mulheres seja qual for o trajo que se ostenta! As prendas que melhor se podem dar aos nossos meninos são a prática da boa educação, o resto é simbólico!
Natal é festa. Que seja harmoniosa, e claro, seja com crianças. Que seja igualmente com adultos! Sejamos fraternos, menos egoístas. Ouçamos os outros, o que têm para nos dizer, aceitando igualmente o pouco que nos querem dar, mesmo quando julgamos desnecessário. Nas escolas, associações, instituições, assembleias e vocações diferentes, nas fábricas, nos campos, nas aldeias e nas cidades, para que todos passem um bom Natal, brilhantes e humildes, convém parar um instante e reflectir!...
Deixo aqui os meus votos de Feliz Natal, aos leitores do “Notícias da Freguesia”, ao nosso jornal, que vigore muitos anos!

Albino de Jesus Silva

O PRESÉPIO

Olhando para trás no tempo, posso dizer que os dias da minha infância foram felizes. Havia na nossa aldeia coisas fascinantes que me encantavam, e aos meus amigos, de tal modo que ainda hoje a lembrança se mantém bem viva na memória.
Com o começo das férias de Natal parecia que o frio apertava ainda mais que no resto do Inverno, quando os ventos do lado do mar subiam pela ribeira acima. Havia um aconchego bem quente na cama quando a manhã rompia e o corpo pedia descanso. Os dias de pausa nas actividades escolares eram, como sempre, bem-vindos.
As supremas atracções desses dias gelados estavam, todavia, na Igreja. O beijo nos pés do menino Jesus, tão doce e sereno na frieza do seu corpo de barro, era um desses motivos de encanto. O ósculo, como dizia o cónego Geraldo, era um momento alto nas cerimónias religiosas que aqueciam e animavam as nossas almas. O povo vinha de todas as aldeias da paróquia que se estendia da Ortigosa ao Vale da Pedra, passando pela Carrreira, as Várzeas e o Souto, entre tantos outros lugares. A comunidade ficava, então, em paz e, pacificada, caminhava para o almoço do dia de Natal.
Mas o supremo encanto do nosso Natal era o magnífico e encantador presépio, organizado por padres e seminaristas da paróquia, iluminado por numerosas lâmpadas que davam um encanto muito especial à cena representada. Mas o encanto do presépio da Igreja do Souto não se esgotava nas figuras que representavam a sagrada família: os pastores, os reis magos, as ovelhas, o burro e a vaca. Nele participavam inúmeras personagens que nada tinham a ver com o episódio bíblico, mas com a imaginação dos responsáveis pela montagem, dispersas sobre o musgo fofo apanhado nos pinhais.
Hoje, todo este encanto desapareceu na voragem dos anos e só resta a memória daquela construção ingénua onde se destacavam as figuras animadas por escondido motor quando se acendia a luz.
Eu gostava deste presépio da minha infância. Com ele foi um pouco de nós que se perdeu e morreu.

Orlando Cardoso

CANTINHO DO POETA

É Natal, é Natal, é o mês do Menino,
Nas palhinhas nascido
Junto da estrela de Belém
Com amor e carinho
E muitos doces também.

Nesta quadra que todos gostamos
Com luzes, cores e prendas
É preciso que todos saibamos
Amar e respeitar, sem ofensas.

Ilidia Matos

JOVENS "GALÁCTICOS" CÁ DA TERRA

Infantis do Santa Bárbara

Ribeira do Sol – 4, Santa Bárbara – 3, numa derrota “gripada”
No dia 29 de Novembro decorreu, em Santa Eufémia, um jogo a contar para o Campeonato Distrital de Infantis. Esteve perto o primeiro resultado positivo, pese embora a equipa estar muito desfalcada, devido às doenças que nesta época do ano apoquentam as crianças. À última hora, teve de se recorrer a um elemento das escolas para superar as ausências. Começo atribulado com um golo da equipa adversária e um elemento da nossa equipa a sentir dificuldades respiratórias, o que obrigou a equipa a jogar o resto do encontro com o mesmo cinco, sem poder fazer substituições. Mesmo assim, a nossa equipa deu uma boa réplica e perdeu pela margem mínima.

Santa Bárbara: João Neto, Luís(1), Micael, Mafalda e Rafael(2).
Jogou ainda João Caetano.
Treinador: Nuno Lopes

Vitória esperada num Santa Bárbara – 3, Silveirinha e Claras – 2
No dia 8 de Dezembro decorreu mais uma partida. Desta vez, um jogo em atraso. Após um início de campeonato bastante fraco, a equipa de Infantis ganhou pela primeira vez no Campeonato Distrital à 4.ª Jornada. Esta foi bastante suada, pois começou a perder por dois golos a zero na primeira parte. Contudo, na segunda parte a equipa nunca baixou os braços dando a volta ao marcador e, nos últimos minutos, a equipa marcou o tão esperado golo que lhe deu esta vitória tão moralizadora.
Santa Bárbara: Sara, Luís, Micael(1), Mafalda e Rafael.
Jogaram ainda Artur, Daniel(1) e Diogo(1).
Treinador: Nuno Lopes

Sem capacidade para parar o adversário: Pocariça – 7, Santa Bárbara – 1
Devido ao mau tempo ficou acordado entre as equipas, que o jogo se realizaria na Pocariça, num jogo que decorreu no dia 15 de Dezembro. Mais um jogo onde a equipa não conseguiu superar a forte equipa da Pocariça, que mostrou o seu favoritismo. Com uma segunda parte muito boa, a equipa não conseguiu parar o maior pendor ofensivo da adversária e no fim os sete a um finais mostraram a diferença de valores entre as equipas.
Santa Bárbara: Sara, Luís (1), Micael, Mafalda e Rafael.
Jogaram ainda Artur, Daniel e Diogo.
Treinador: Nuno Lopes

Santa Bárbara (2) sai com derrota frente ao Arnal (7)
Este foi mais um jogo realizado por apenas cinco atletas que, embora decididos a fazer boa figura, era difícil contrariar o favoritismo do Arnal.
A equipa tentou segurar o jogo na defesa o mais possível mas, com o passar do tempo, a pressão atacante do adversário aumentou e os golos surgiram com alguma naturalidade. Chegou o intervalo com um resultado de três a um, mas a frescura física começou a perder-se e terminamos o jogo esgotados com o score final de sete a dois.

Santa Bárbara: Sara, Mafalda, Micael, João Neto (1), Rafael (1)
Treinador: Nuno Lopes

Escolas

Mau início: Dino Clube – 6, Santa Bárbara – 0
Tal como aconteceu com a equipa do escalão de Infantis, também a equipa do escalão das Escolas começou o campeonato com uma pesada derrota. Devido ao mau tempo, o jogo realizou-se no Pavilhão do Carriço. A equipa do Dino Clube foi sempre mais forte que a da Santa Bárbara que, raramente, conseguiu incomodar o guarda-redes adversário. Facilmente a equipa do Dino Clube chegou aos 6-0 finais. O jogo decorreu no dia 29 de Novembro.
Santa Bárbara: André, Artur, Daniel, João e Leandro.
Jogaram ainda Eduardo, Miguel Ângelo e Gonçalo.
Treinador: Pedro Neves

Fortes de mais: Santa Bárbara – 3, Louriçal – 8
Diversas falhas de marcação e a qualidade do adversário fizeram com que o resultado fosse tão dilatado. Mesmo assim, a equipa nunca baixou os braços e acabou por fazer 3 golos. O jogo deu-se na Chã da Laranjeira no dia 7 de Dezembro.
Santa Bárbara: André, Artur, Daniel (1), João e Gonçalo (2).
Jogaram ainda Eduardo, Miguel Ângelo e Leandro.
Treinador: Pedro Neves

Pocariça – 8, Santa Bárbara – 1 num jogo desnivelado
A equipa de Escolas veio para este jogo, no dia 13 de Dezembro, com um novo treinador, neste caso, nova treinadora, devido à indisponibilidade do anterior. Mas mais uma vez, um mau início de jogo, com os jogadores a não se entenderem com a rápida circulação de bola da equipa adversária e a sofrerem uma goleada expressiva, sem apelo nem agravo.
Santa Bárbara: André, Miguel Ângelo, Daniel (1), João e Leandro.
Jogaram ainda Eduardo, Artur e Gonçalo.
Treinador: Carina Roque

Santa Bárbara num empate saboroso a duas bolas com a Quinta do Sobrado e Palmeiros
Com o jogo a começar mal, no dia 20 de Dezembro, a equipa soube responder às dificuldades. Mas uma ponta final sensacional permitiu que a Santa Bárbara conseguisse empatar. O merecido empate premiou o esforço da equipa que, embora tivesse jogado com um adversário de um nível mais baixo que os anteriores, mostrou outra dinâmica e uma atitude diferente.
Santa Bárbara: André, Artur, Daniel (2), João e Leandro.
Jogaram ainda Eduardo, Miguel Ângelo e Leandro.
Treinador: Pedro Neves

TORNEIO DE MATRAQUILHOS

A A.C.D. Santa Bárbara vai organizar, a partir de 16 de Janeiro de 2009, a 4.ª edição do seu já muito famoso Torneio de Matraquilhos. O torneio irá decorrer desta associação, em Chã da Laranjeira. As inscrições estão abertas a toda a população e devem ser feitas no bar ou para o telemóvel da associação, e o preço de inscrição é de 10 “Santas” por jogador - os jogos são gratuitos. A associação apela à participação de todos, em especial aos elementos do sexo feminino, para dar um toque de beleza ao torneio. Haverá troféus para os primeiros classificados, troféu para a melhor equipa feminina, prémio de presença para todos os participantes e no final o famoso petisco onde todos confraternizarão.

FESTAS DE NATAL NAS ESCOLINHAS

No dia 18 de Dezembro, o NOTÍCIAS DA FREGUESIA passou por algumas escolas para ver as festas que os meninos, tão aprimoradamente, fizeram. Para os leitores, aqui ficam alguns momentos.

Souto da Carpalhosa
Participaram os alunos do 1.º Ciclo e do Ensino Pré-Escolar, a educadora, as professoras, auxiliares e alguns professores das actividades extracurriculares. No pequeno espectáculo houve canções tradicionais de Natal, canções mais “modernas”, peças de teatro e uma dança.

Vale da Pedra
Aqui também participaram os alunos do 1.º Ciclo e Ensino Pré-Escolar e responsáveis do Vale da Pedra. Os pais, amigos e familiares estiveram atentos ao teatrinho – um verdadeiro Presépio vivo, feito pelos meninos.

Moita da Roda
À semelhança dos locais anteriores, participaram os mais pequeninos e os mais grandinhos da Moita da Roda. Aqui, foi um pouco diferente: para aproveitar o fantástico dia de sol, a festa decorreu ao ar livre. Depois de apresentadas as canções e o teatrinho, houve tempo para um merecido almoço partilhado.



PASSAGEM DE ANO NA ARCUSA

Para dar as boas-vindas ao ano de 2009, a ARCUSA – Associação Cultural e Recreativa Santo António, de S. Miguel, vai preparar uma Passagem de Ano bem animada no salão de S. Miguel.
A festa irá começar por volta das 21h30 e conta com a animação do organista e vocalista Carlos Pina. Durante a longa noite de despedida de 2008, e recepção do novo ano, haverá ainda caldo verde para aquecer.
O custo para esta festa é apenas de 5 euros – menores de 12 anos não pagam.

RESIDENTE SOPRA 90 VELAS

Maria de Jesus. É este o nome da aniversariante que, no passado dia 20 de Dezembro, completou 90 anos. A aniversariante reside no Casal Telheiro, é viúva de António Domingues e foi mãe de cinco filhos, quatro dos quais ainda são vivos – Laurinda, Gabriel, Florinda e Isaura.
Esta avó de dez netos, que também já conta com oito bisnetos, festejou o seu aniversário no salão do Vale da Pedra entre familiares, amigos e vizinhos.
Apesar da avançada idade, Maria de Jesus já acompanhou a freguesia nos dois passeios seniores organizados pela Junta de Freguesia. O NOTÍCIAS DA FREGUESIA e o executivo da junta deseja-lhe as maiores felicidades e conta com a sua participação para, no mínimo, mais dez passeios seniores.

DJ'S ANIMAM NOITE

No passado dia 20 de Dezembro decorreu mais uma edição do Festival Moura Emotion. Desta vez, a noite foi brindada por uma edição de DJ set.
Contudo, e segundo a organização, a adesão à noite animada por DJ’s nas Várzeas ficou aquém das expectativas, ao contrário do sucesso verificado em edições anteriores do Moura Emotion. “Houve pouca afluência por parte do público”, declararam João Ramos e Christophe Patrício, afirmando ainda que “a maior parte das pessoas que foram eram de fora, principalmente de Leiria”.
Um pouco descontentes com esta edição, a organização disse ao NOTÍCIAS DA FREGUESIA que criou “melhores condições que nas últimas festas, mas isso não foi suficiente, pois grande parte das pessoas da terra não vieram e nem se mostraram interessadas”.
Sobre o futuro e progresso do Moura Emotion, os jovens apenas afirmam que “nestas condições é muito complicado devido a grande falta de colaboração por parte das pessoas”. Contudo, está ainda a ser ponderada a realização do Moura Emotion noutros locais, nomeadamente em Leiria.
Para finalizar, a organização quis deixar o seguinte recado: “que fique bem claro que qualquer lucro das festas não é para nosso benefício, mas sim para progredir neste tipo de eventos e futuramente para novas infra-estruturas”.

INICIATIVAS EM CURSO

Nesta edição, não podia deixar de partilhar convosco a nossa satisfação, com o arranque da construção do nosso armazém. É nosso propósito, nesta primeira fase, deixá-lo com a estrutura e cobertura executadas. Vamos envidar todos os esforços no sentido de garantirmos financiamento para que, no decurso do próximo ano, seja concluído.
Uma outra obra que consideramos imprescindível para a freguesia trata-se da Casa Mortuária. Esta já tem projecto e, se tudo correr dentro do esperado e sem recuos por parte da Câmara Municipal, o seu concurso será lançado em breve.
Apesar das dificuldades e da escassez, cada vez maior, de recursos, não ficamos inibidos de junto dos órgãos próprios, lutarmos por aquilo que achamos ser o melhor para a freguesia. Assim irá continuar a ser no próximo ano. Contem connosco.
O executivo da Junta, aproveita esta oportunidade para desejar a todos um bom Natal, cheio de saúde e que o próximo ano seja o ano de realização de todos os vossos desejos.

José Carlos Gomes

EXECUTIVO DA JUNTA FALA SOBRE O NATAL

Já cheira a Natal. Este ano, o NOTÍCIAS DA FREGUESIA quis conhecer a posição do executivo da Junta de Freguesia relativamente a esta quadra. Assim, foram colocadas quatro questões simples, mas que dão para pensar, aos três rostos mais conhecidos da nossa junta. Vejamos os resultados.
1 – Natal é…
2 - Quais as principais diferenças que nota no Natal dos dias de hoje e o da sua infância?
3 – Como e com quem vai celebrar a quadra natalícia deste ano?
4 – Qual era o presente que mais gostava de dar à freguesia neste Natal? E de receber?


José Carlos Gomes, Presidente
1 - … é, para além do dia em que se comemora o nascimento de Cristo, é uma quadra em que as famílias, aproveitando a calma e a paz interior que de tal período transparece, se reúnem para confraternizarem, trocarem presentes, etc. Acho mesmo, e isto é visível no rosto das pessoas, que é a altura do ano em que andam mais alegres e mais disponíveis para ajudarem os que mais precisam. Por isto é que dizemos que Natal deveria ser todos os dias.
2 - Natal hoje, comparado com o da minha infância, é mais consumista. Hoje enraizou-se na sociedade a quase obrigatoriedade de se trocarem presentes, de se fazerem grandes festas familiares, mesmo que não haja poder económico para isso. Hoje até aproveitamos os presentes do Natal para “negociar” com os filhos contrapartidas. Enfim, é preciso é gastar.
Na minha infância era tudo mais calmo. É certo que os tempos também eram outros. Se hoje é difícil, nesse tempo era ainda mais. Todas as casas faziam presépio, e quem “dava” presentes era o “Menino Jesus”, que durante a noite vinha colocar o par de meias nos sapatitos, que na véspera eram deixados estrategicamente junto da chaminé da casa. Os dias que antecediam o Natal eram de uma azáfama tremenda porque cada casa queria ter o presépio mais bonito. Outros tempos!
3 - A quadra natalícia vai ser celebrada em família. Na véspera reúne-se ao jantar a família do lado da minha esposa e no dia de Natal, ao almoço, a minha mais directa. Trocam-se uns presentes e por aqui ficamos.
4 - O presente que mais gostava de dar à freguesia neste Natal? Distribuir por todos um presente recheado de paz e ânimo, que bem iremos precisar enfrentarmos os tempos difíceis que se avizinham.
De receber? A certeza de termos no próximo ano a requalificação da escola da Moita da Roda.

Guilherme Domingues, Secretário
1 - … é o nascimento de um menino. De um grande homem que se tornou um mito da Humanidade.
2 - O Natal na minha época era uma quadra em que recordávamos só o menino. Agora é um Natal mais bonito, mais brilhante, com mais luz, mas muito mais comercial.
3 – Com a família mais chegada, em casa e com um jantar tradicional português.
4 – Eu gostava que todos tivessem pão na mesa, e que ninguém tivesse fome. Onde há fome, não há paz. Quanto ao receber, continuar a ter saúde e a família por perto.

Jorge Rodrigues, Tesoureiro

1 - … é um tempo de partilha e reunião familiares.
2 – O Natal de hoje é demasiado consumista. Na minha infância não havia publicidade de brinquedos ou outros artigos como hoje. Nós estávamos limitados a aceitar os pequenos presentes que os pais nos podiam dar.
3 – Tenciono passar este Natal com a minha família e, como sendo tradição a alguns anos a esta parte, cada ano que passa é celebrado em casa de familiares diferentes.
4 – Realmente, o presente que mais se gostaria de dar nestes tempos de crise, em que há algum desemprego e dificuldades económicas, é que isso não se sentisse na freguesia. Quanto ao receber, tudo o que vier por bem, é bem recebido.


CASAL DA ASSENHA FESTEJA 60 ANOS DE CASAMENTO

Foi no passado dia 20 Novembro que Manuel Pereira, de 85 anos, e Maria Pereira Ascenso Pascoal, de 81, comemoraram o sexagésimo aniversário do seu casamento. Fruto do matrimónio, consumado a 20 de Novembro de 1948, nasceram nove filhos: Manuel Dâmaso Ascenso Pereira, Luís António Ascenso Pereira, Hilário Ascenso Pereira, Filipe Ascenso Pereira, Fátima Maria Ascenso Pereira, Lurdes Maria Ascenso Pereira, Maria Luzia Ascenso Pereira, Rui Manuel Ascenso Pereira e Salvador Ascenso Pereira. O casal, residente em Assenha, teve 15 netos e, actualmente, já conta com quatro bisnetos.
A cerimónia de aniversário do seu casamento decorreu na capela da Chã da Laranjeira e foi celebrada pelo Padre Augusto Ascenso Pascoal, irmão da noiva. Posteriormente, houve ainda tempo para confraternização num jantar que decorreu no restaurante e que juntou mais de 50 pessoas entre família e amigos.
Aos noivos o NOTÍCIAS DA FREGUESIA deseja os parabéns e as maiores felicidades.

NO RECICLAR É QUE ESTÁ O GANHO

Sabia que os restos de comida, as folhas do jardim ou as plantas do quintal podem ganhar vida nova através de um processo muito simples e 100% natural? Pois é, apresentamos-lhe a compostagem doméstica.
A compostagem doméstica é um processo de reciclagem de matéria orgânica (de cozinha, da hora, do jardim…) realizado através de microrganismos que transformam os resíduos biodegradáveis num fertilizante rico em nutrientes, ao qual se chama composto.
Ao fim de alguns meses, os resíduos orgânicos dentro do compostor transformam-se em composto – material orgânico estável com aspecto de terra, escuro, sem odor e com excelentes qualidades fertilizantes. Posteriormente, o composto pode ser utilizado em vasos, sementeiras, hortas e jardins enquanto propriedade fertilizante.
A melhor parte é que todos na nossa freguesia podem fazer compostagem doméstica. Como? É muito simples. A Valorlis – empresa de Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, está a realizar várias acções de formação por toda a região. Estas acções visam a entrega de compostores domésticos (recipiente onde é feita a compostagem) e a formação necessária para saber realizar o processo de compostagem. Desde a montagem do compostor, quais os materiais a compostar, como fazer a compostagem doméstica, como cuidar do compostor, o que fazer em caso de problemas… tudo isto é explicado nesta acção de formação e no guia de compostagem doméstica que já pode levantar na sede da Junta de Freguesia.Para a nossa freguesia não está ainda agendada a acção de formação sobre compostagem doméstica. Contudo, e segundo a Valorlis adiantou ao NOTÍCIAS DA FREGUESIA, prevê-se que esta seja já no início do próximo ano. Mas, como o número de inscrições (e de compostores) é limitado, pode já fazer a sua pré-inscrição para esta acção de formação e para adquirir o seu compostor, junto da Junta de Freguesia.

ARROTEIA EM FESTA

É já no primeiro fim-de-semana de Dezembro, mais concretamente nos dias 6, 7 e 8, que decorrem as festas no lugar de Arroteia. Em honra de Nossa Senhora dos Remédios, a padroeira do lugar, estes prometem ser dias de muita animação.
No sábado, dia 6, a animação começa com a actuação do grupo “Musical Oxigénio” e, mais tarde, por volta da meia-noite, a banda de garagem “Red House View” subirá ao palco. No domingo, dia 7, haverá missa solene, às 12h00, e, mais tarde, os jogos tradicionais animarão a tarde de convívio. Também durante a tarde de domingo, às 15h30, as danças e cantares tradicionais tomam lugar por um grupo já bem conhecido de todos: o Rancho Folclórico Estrelas das Várzeas. Já à noite, mais concretamente às 20h00, o duo musical “Virgílio Pereira e Manuel Ribeiro” actua nestas festividades e, à meia-noite, segue-se a banda “Bairro dos Castiços”. No feriado nacional, dia 8 de Dezembro, a chegada da filarmónica Nossa Senhora da Piedade está prevista para as 10h00 para a recolha dos andores do lugar. Mais tarde, ao meio-dia, prossegue a missa solene em honra de Nossa Senhora dos Remédios, seguida de procissão e, ainda no decorrer da tarde, actuará o Rancho Folclórico Velhas Guardas da Carreira. Para encerrar em beleza, neste terceiro e último dia de festa, o duo musical “Zé Café e Guida” prometem animar a noite.
A comissão de festas convida a todos a passarem por estes festejos, bem como pelo bar e restaurante que estarão ao serviço durante estes três dias.

TRABALHOS DA JUNTA

Durante o mês de Novembro a junta executou diversos trabalhos por toda a freguesia. Desses trabalhos conta-se a limpeza das ruas nos lugares do Picoto, Moita da Roda, Vale da Pedra e Arroteia. Nesta mesma altura procedeu-se ainda à realização de vários trabalhos no lugar da Moita da Roda, nomeadamente a colocação de manilhas. Para além destes trabalhos, deu-se ainda continuação à obra para construção futura de um armazém da Junta de Freguesia.

PRIMEIRA COMUNHÃO NO SOUTO DA CARPALHOSA

As crianças que frequentam o terceiro ano de catequese da paróquia estão já a receber a Primeira Comunhão. Assim, no dia 23 de Novembro, receberam a Primeira Comunhão as crianças do Souto, Moita da Roda e Conqueiros. No domingo seguinte, dia 30, seguem-se as crianças da Carreira e do Vale da Pedra.
A Primeira Comunhão é uma celebração religiosa em que os cristãos participantes (as crianças) desta cerimónia recebem pela primeira vez o Corpo e Sangue de Cristo.

PREPARE O SEU NATAL... SEM SAIR DA FREGUESIA

Chegada a época natalícia, começamos todos a pensar nos preparativos para bem receber e acolher a família nesta quadra tão especial.
O ano de 2008 fica um pouco marcado pela crise financeira que se fez (e faz) sentir um pouco por toda a parte. Contudo, não é por isso que deixa de ser Natal.
Face à conjuntura, o NOTÍCIAS DA FREGUESIA foi para a rua, correu os diversos lugares da freguesia, e tudo para o ajudar na preparação do seu Natal.
Assim, deixamos-lhe várias sugestões para preparar as suas refeições para celebrar o nascimento de Cristo e sem sair da freguesia!
Uma vez que esta consulta de preços foi realizada durante o mês de Novembro (dias 20 e 21), os preços podem sofrer alterações. Assim, alguns dos valores apresentados são meramente indicativos, principalmente no que respeita ao preço das carnes.
Para a noite da consoada, as couves com o bacalhau são sempre bem-vindas à mesa. O NOTÍCIAS DA FREGUESIA foi até aos Conqueiros, à mercearia de Fernando Pedro, para começar a reunir os ingredientes necessários para uma bela refeição. Assim, foi nos Conqueiros que encontramos bacalhau graúdo a 11,50€/kg e também, para quem preferir, caras de bacalhau a 5,95€/kg. Sobre estas últimas, o proprietário da mercearia adiantou que a venda das caras pode estar “condenada”. “A venda das caras de bacalhau salgadas está para terminar. A ASAE não permite a sua venda”, adiantou Fernando Pedro.
Mas todo o prato de bacalhau precisa de acompanhamento. Assim, foi na Moita da Roda, na mercearia Santos, que encontrámos batatas a 0,70€/kg. Também as couves ou os grelos são um bom acompanhamento para o bacalhau. Contudo, não foi fácil de encontrar. Grelos, nem vê-los. E as couves… não eram as mais indicadas para acompanhar o prato da consoada. De qualquer forma, aqui fica a indicação: na mercearia Santos, na Moita da Roda, a couve encontrava-se a 1€/kg e na Chã da Laranjeira, no mini-mercado de Fernando Roque, a couve era a 0,70/kg.
Para o dia de Natal, é típico o prato de carne no almoço de família. Desta forma, o NOTÍCIAS DA FREGUESIA foi até ao talho Carnes da Várzea, nas Várzeas, para conhecer os preços da carne. Falámos com Albano Sobreira que logo nos deu a conhecer o preço do peru inteiro, a 3,50/kg, do cabrito, que rondava os 11€/kg e até, para quem preferir, o preço do carneiro, que andava à volta dos 4,60€/kg. E para acompanhar um regalado almoço, ainda fica a sugestão de um bom vinho para acompanhar: um tinto alentejano Eugénio de Andrade (a 6€) ou, para quem preferir vinho verde, um Alvarinho (também a 6€). Estas sugestões também são de Albano Sobreira, das Carnes da Várzea.
E, tal como é natural de uma época de festa, não poderiam faltar os tradicionais doces. No Vale da Pedra, no mini-mercado/padaria/pastelaria UniSilvas, Susana Silva deu a conhecer (e a provar) as tortas de claras – uma novidade recente e muito natalícia. Para além das tortas de claras, que podem ser adquiridas a 4,50€/cada, também ali se podem encontrar as típicas lampreias de ovos a 12€/kg.
E como não há Natal sem Bolo-rei, fomos em busca do mesmo. E tal como era de esperar, a oferta foi variadíssima. O jornal foi até às Várzeas, mais concretamente à Fit’Sabores, e lá encontrou (mesmo a sair do forno) uma oferta muito variada: Coroa de Rei a 12€/kg, Bolo-rei a 10€/kg, Bolo-rei folhado e Escangalhado (semelhante ao Bolo-rei, mas com doce de gila) a 12€/kg.
Subimos mais um pouco, e já no Souto da Carpalhosa, na pastelaria Docebel, encontrámos o Bolo-rei a 11€/kg e o Escangalhado a 10€/kg. Também no Souto, mas agora na pastelaria Virgolino Mendes, o Bolo-rei estava a 12€/kg e o Bolo do Pai Natal a 14€/kg.
Com uma oferta tão rica na nossa freguesia, esperamos tê-lo ajudado a preparar o seu Natal.

CARTAS AO PAI NATAL

Querido Pai Natal!
A nossa turma gostaria que tu conseguisses pôr todas as famílias felizes.
Lembra-te dos que não têm comida e oferece-lha.
Lembra-te dos que não têm roupa e oferece-lha.
Lembra-te dos que não têm casa e oferece-lha.
E já agora, lembra-te dos que não têm brinquedos e dá-lhos.
Não te esqueças de nós que também queremos brinquedos, livros, um computador se puderes…
Também queremos ser felizes.
A turma do 3.º ano da Escola da Moita da Roda

Querido Pai Natal,
Este ano queríamos que desses esperança a todas as famílias do mundo.
Queríamos pedir-te também que, neste Natal, todas as pessoas dormissem debaixo de um tecto e que tivessem companhia, alguém com quem conversar, alguém que lhes desse um carinho, que as tirasse da solidão.
Gostaríamos que neste Natal ninguém sentisse frio, nem fome, por isso, por favor, dá àqueles que precisam roupa quente e comida.
Por favor, poderias terminar com todas as guerras e trazer a paz ao mundo inteiro?
Ficaríamos muito felizes se, este ano, trouxesses saúde e amor a todos.
Obrigado por tudo e até ao próximo ano.
A turma do 4.º ano da Escola da Moita da Roda

Querido e amigo Pai Natal,
Gostamos muito de ti e das prendas que dás a todos os meninos.
Nós gostamos muito de vir à escola aprender. Queremos pedir-te prendas para escola. Podem ser livros, ábacos, computadores, impressora e um quadro branco. Nós vamos dar as coisas que já não usamos.
Queres levá-las para dar aos meninos de África e outros países?
Os alunos do 1.º e 2.º anos da Escola da Moita da Roda

NATAL EM DIFERENTES GERAÇÕES

Nesta edição, muito voltada para o Natal, o NOTÍCIAS DA FREGUESIA foi conversar com pessoas de diferentes gerações sobre o Natal. Como era antigamente? Como se vê o Natal agora? O que acham do Natal? Aqui fica o resumo de conversas bem interessantes, e muito natalícias, entre novos e velhos.

Diana Gaspar, 6 anos, Carpalhosa
“Gosto muito do Natal. O que eu gosto mais é quando faço a árvore de Natal e quando recebo os presentes. Gosto muito de pôr o Menino Jesus e os anjinhos na árvore de Natal. Costumo receber muitos presentes, e dessa parte também gosto muito. A prenda que mais gostava de receber neste Natal era uns patins… mas tenho o pé pequeno… tenho de crescer. Como não pode ser os patins, gostava de ter um daqueles bebés que fazem xixi”.

Cátia Anselmo, 17 anos, Souto da Carpalhosa
“Para mim, o Natal significa um convívio entre a família. Habitualmente, passo o Natal em família. Convivemos num jantar que fazemos juntos. A nossa família vê mais o Natal como um convívio e não uma troca de presentes. Normalmente, dão-nos dinheiro ou rebuçados e os presentes ficam para os mais novos. Acho que o Natal é, acima de tudo, uma época especial. Quanto ao presente que gostaria de receber… ainda não pensei nisso”.

Adriana Ferreira, 12 anos, Souto da Carpalhosa
“Natal, para mim, significa muita coisa. Mas é, acima de tudo, um momento de alegria com os nossos pais. Este ano vou passar o Natal em casa, com a família, e depois em casa dos tios. Habitualmente recebo muitos presentes, costumo receber mesmo muitos presentes, mas o Natal é também um momento importante para reunir a família. Eu acho que as pessoas gostam do Natal por causa dos presentes e do convívio”.

Lara Bicho, 4 anos, Picoto

“Gosto muito do Natal. Mas o que eu gosto mais são os presentes. Ainda não fiz a árvore de Natal, mas vou fazer. Já pedi duas coisas para o Natal: um piano e um computador do urso Panda. Ainda não fiz nenhum desenho para o Pai Natal e nem me apetece fazê-lo… o pai faz porque trabalha muito depressa (risos). Gosto muito de natais… e quando o Pai Natal chegar eu vou dar-lhe um abraço, como dou ao Zacarias – proprietário de uma quinta de animais.

Maria Pereira Carreira, 72 anos, Camarneira
“O Natal no meu tempo? Então, éramos sete filhos e eu era a mais velha. Na noite de Natal comia-se junto ao lume e rezava-se o terço. Nesse dia, havia sempre para comer alguma coisa de diferente, alguma coisa de especial: um coelhinho estufado ou uma galinha… Não havia cá prendas para ninguém! Também não íamos à missa na véspera, porque a capela ficava muito longe para irmos a pé, então, ia-se no dia seguinte. Nesse dia, lá nos calhava andar com uma roupita melhor. Agora? Agora só se pensa nos presentes…”

José Gomes, 80 anos, Souto da Carpalhosa
“Éramos sete filhos e passava-se à lareira… numa casa construída ainda por adobos. Jantava-se ao lume, comia-se uns feijões com umas batatinhas e azeite cozinhados ao lume, numa panela de ferro. Depois, ou na noite de Natal ou no dia, íamos todos à missa beijar o Menino Jesus. Eram outros tempos… tudo era diferente e comia-se das terras. Para este Natal só desejo muita saúde, muita paz e alegria com os filhos todos e os netos”.

Maria Rosa, 78 anos, Picoto
“No Natal a prenda dos meus pais era carinho. Íamos à missa beijar o Menino Jesus. A comida nesse dia era sempre diferente, mais especial. Lá se fazia galinha ou coelho, mesmo que nos outros dias não houvesse nada para comer. A minha mãe fazia umas filhós com farinha de trigo criada na nossa terra e estreava-se uma roupinha nova para ir beijar o Menino. Ainda não se usava o sapato na chaminé e o Pai Natal ainda andava escondido. Era sempre um dia especial, um dia de festa. Assim se viviam os natais de antigamente. Hoje perdeu-se um pouco o espírito do Natal. Já são poucos os que levam as crianças a beijar o Menino Jesus.”

Manuel Gaspar Antunes, 76 anos, Várzeas
“Em garoto, às vezes no Natal lá nos calhava levar porrada (risos). Éramos oito irmãos e não havia televisão. Comíamos todos à lareira e, às vezes, lá calhava comer alguma coisa diferente. Depois, lá íamos à missa, como ainda faço agora! Agora, é diferente. Este ano conto passar o Natal em casa de um dos filhos, ou então fujo com a minha mulher (risos). Hoje os miúdos só pensam em prendas, é verdade. Mas também, se a gente as puder dar, damos! No meu tempo havia lá alguma prenda… uma chapada, às vezes! E bem havendo pão já era uma alegria!”.

500 MIL PORTUGUESES AFECTADOS

No passado dia 14 de Novembro, assinalou-se o Dia Mundial da Diabetes. A má alimentação e a obesidade são apontadas como as duas causas que contribuem para a diabetes, uma doença que, actualmente, afecta cerca de 250 milhões de pessoas em todo o Mundo.
No caso português, a diabetes afecta entre 400 a 500 mil pessoas, segundo dados da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal. Responsável por cerca de cinco por cento das mortes anuais no Mundo, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a diabetes poderá afectar 500 milhões de pessoas em 2030 se não forem tomadas medidas adequadas, refere a organização num comunicado.
A Diabetes é uma doença crónica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue e pela incapacidade do organismo em transformar toda a glicose proveniente dos alimentos.
A OMS recorda que uma má alimentação e a obesidade são dois factores que contribuem para esta doença, que surge quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o corpo não pode utilizar de forma efectiva a insulina.
Cerca de 80 por cento das pessoas afectadas pela Diabetes vivem em países de baixos e médios rendimentos e a maioria dos doentes são de meia-idade, entre os 45 e os 64 anos, e não idosos. O açúcar no sangue é um efeito comum da diabetes, doença que com o decorrer do tempo provoca graves danos e muitos órgãos do corpo humano.
Diariamente, cerca de 200 menores de 14 anos são afectados pela diabetes de tipo 1, uma condição auto-imune para a qual não existem medidas de prevenção, e o número de casos aumenta três por cento anualmente. Nas crianças em idade pré-escolar, o aumento ronda os seis por cento ao ano. A diabetes de tipo 2, associada habitualmente ao excesso de peso e à falta de exercício, é considerado um problema de adultos, mas é cada vez mais diagnosticada em crianças.
O Dia Mundial da Diabetes é assinalado a 14 de Novembro, data do nascimento de Frederick Banting, que, juntamente com Charles Best, teve um papel determinante na descoberta da insulina em 1922, uma hormona que permite tratar os diabéticos e salvar-lhes a vida.Pela grande incidência desta doença é importante que tenha sob controle o seu nível de glicemia. Como tal, deve medir os seus níveis de açúcar no sangue, com frequência, junto da sua farmácia ou do seu Centro de Saúde.

AD com Lusa

ADEUS LAURINDA

Tantos encontros e tantas despedidas
Tantas alegrias e tantas lágrimas
Tantas chegadas e partidas
Deixando os olhos rasos d’água…

Adeus… angustia imensa de quem parte
Sensação de perda para quem fica
No peito se aloja a saudade
Na mente, o inconformismo da partida…

Nesse vai e vem da vida
Uns partindo outros chegando
Fica-se sempre na expectativa
E assim, o tempo vai passando…

Até que um dia, para aquele que fica,
Há a despedida que não se quer jamais
Alguém parte dessa vida
E outro alguém murmura:
Até nunca mais!

Cidalina Reis

ARMAZÉM EM CONSTRUÇÃO

Já arrancaram as obras para a construção de um armazém da Junta de Freguesia. Situado na Rua dos Pereiras, no Souto, o armazém está a ser construído no terreno do poço da fonte. A carência desta obra prende-se com a necessidade de ter um local seguro para guardar os materiais e equipamentos da Junta de Freguesia.
Segundo o executivo da junta, existe o propósito de deixar o armazém, nesta primeira fase, com estrutura e cobertura cumpridas.

A.C.D. SANTA BÁRBARA

Derrota anunciada: Casa do Benfica de Pataias – 9, Santa Bárbara – 0
Iniciou-se no dia 1 de Novembro a participação do escalão de Infantis nas provas oficiais da Associação de Futebol de Leiria. Neste caso na Taça do Distrito, com a difícil deslocação até à Escola E.B. 2/3 de Pataias para defrontar a poderosíssima Casa de Benfica daquela localidade, que no ano passado ficou em 2.º Lugar na Zona Sul. O jogo até começou bem, nos primeiros dez minutos a equipa conseguiu segurar os movimentos ofensivos do adversário. Mas, devido à elevada qualidade técnica do adversário, foram cometidos erros defensivos que custaram os dois primeiros golos, saindo para o intervalo a perder por três. Na segunda parte com os jogadores desmotivados foi sempre a aviar até ao resultado final.

Santa Bárbara: Sara, Armindo, Micael, Luís e João.
Jogaram ainda Artur, Daniel, Diogo, Mafalda e Rafael.Treinador: Nuno Lopes


Santa Bárbara – 3, Regueira de Pontes – 4, numa derrota muito escorregadia
No início do campeonato a Santa Bárbara sofreu uma derrota, na recepção ao Regueira de Pontes, num jogo marcado por alguma infelicidade aliada a uma 2.ª parte menos conseguida. Mais um jogo que começou bem, desta vez com uma equipa do nosso nível, a equipa saiu para o descanso a ganhar por 2-0. Na segunda parte a equipa adversária nunca desistiu e foi consentido o empate. Por fim veio um final de jogo emocionante. A nossa equipa já bem perto do fim, a marcar o terceiro, e logo de seguida a surgir o empate. As duas últimas jogadas decidiram o jogo: num ataque da nossa equipa, a bola foi ao poste. Na resposta aconteceu o golo da vitória do conjunto de Regueira de Pontes.

Santa Bárbara: Sara, Luís (2), Micael (1), Mafalda e Rafael.
Jogaram ainda Artur, Daniel e Diogo.
Treinador: Nuno Lopes


Sem capacidade para contrariar o favoritismo: Louriçal – 9, Santa Bárbara – 2
A equipa de Infantis da Santa Bárbara deslocou-se ao Pavilhão do Instituto D. João V, em Louriçal, para defrontar a forte equipa local, uma equipa já com escola. Mais uma vez, a equipa entrou bem e parecia que estávamos a observar o primeiro jogo. O Santa Bárbara aguentou algum tempo sem sofrer golos e a contra-atacar bem, contudo sem conseguir finalizar. Assim, a partir do primeiro golo sofrido, os erros começaram a aparecer e no intervalo o resultado era de 3-1. Na segunda parte a história do jogo manteve-se terminando o jogo no resultado volumoso de 9-2.

Santa Bárbara: Sara, Armindo, Micael, Mafalda e Rafael(1).
Jogaram ainda Artur, Daniel, Diogo(1) e Luís
Treinador: Nuno Lopes

DO VELHO SE FAZ NOVO

O tempo não deixa de correr apressadamente. Indiferente a crises e a tudo o mais, seja bom ou mau, lá nos está a fazer chegar a mais um Natal, e isso faz-nos sentir que estamos no final de mais um ano. A história fica feita no passado e o futuro apresenta-se diante de nós para ser construído. A história fixou-se agarrada à nossa vida por isso não nos dá espaço de mudança, mas o dia de amanhã está em branco, pronto a ser preenchido e colorido por cada um.
O Natal é, talvez em todo o ano, a época que nos faz mudar mais, nos faz sentir diferentes ainda que por um curto espaço de tempo. Reina ainda a dimensão do encontro familiar e de partilha entre todos. Este é, sem dúvida, o Espírito de Natal: sentirmo-nos “pequeninos”, o que nos torna semelhantes a todos os outros e nos faz sentir membros de uma mesma comunidade. A aproximação a que isso nos leva, traz-nos o encanto e a magia próprios da vida humana, que tem sentido quando vivida em comunhão e dentro de relações positivas que atiram para longe a sensação de que se está só seja em que momento for. O ser humano é verdadeiramente especial: tem, mais que confirmada pela vida, a experiência de tudo o que o faz sorri, e sentir aquilo por que visceralmente anseia, mas no momento seguinte a experiência desvanecem-se e atiram-se todas as forças na busca do que é mais fácil e momentâneo, mas também mais passageiro e enganador.
A sociedade consumista em que nascemos e vivemos produz diariamente milhões de toneladas de lixo. Muitos recursos então a ser desperdiçados e a natureza vai-se deteriorando, acabando por chegar ao esgotamento total se a exploração de que é vítima não mudar de rumo. Por outro lado, há o problema do espaço para depositar todo o lixo produzido diariamente. Foi uma certa tomada de consciência dessas realidades que nos fez pensar em reciclagem: muitos dos recursos naturais são reutilizados de modo a permitir que os exageros consumistas não destruam tão rapidamente a natureza. A palavra reciclar significa repetir o ciclo, isto é: “dar vida a um objecto mais que uma vez”.
Até há bem pouco tempo era comum ouvir falar de reciclagem em relação às pessoas. Hoje usa-se a expressão “formação permanente”, que não é mais que uma actualização, um “upgrade” dos nossos conhecimentos, das nossas ideias. Creio não ser descabido dizer que o tempo de Natal é momento oportuno para a reciclagem dos objectos que já fazem parte do passado para os reutilizar no futuro, mas é tempo também de pensar na redução dos consumos de papéis, e sacos e outros materiais plásticos… Aqui, mais que reciclar importa evitar o uso até na primeira vez. Quanto a nós e ao nosso modo de viver, talvez importe bem mais recuperação e reutilização de muitos dos valores do passado, não para a ele voltarmos mas para com eles darmos conteúdo a muitas ideias balofas que nos nascem na mente e, como o vento ou balões cheio de nada, se propagam e difundem velozmente esvaziando também a vida daqueles que sofregamente e sem critério as absorvem e delas fazem os alicerces da construção da sua história.
Para melhor e mais reciclarmos é preciso que nos reciclemos.

Pe. José Baptista

DO S. MARTINHO AO NATAL, É TEMPO DE DAR

Terminado o S. Martinho e a caminho do Natal, podemos encontrar três grandes exemplos de generosidade: S. Martinho, Saint Noëlle e Jesus Cristo.
Num tempo de tantas dificuldades, em que as famílias, mais do que soluções financeiras milagrosas, necessitam de muita atenção e carinho. São diversas as coisas que se podem dar sem gastar um euro e ter um retorno fantástico. Vai ver como é fácil e barato dar.
Se a felicidade do outro está no receber, com toda a certeza a nossa felicidade também está no dar. Quem dá recebe sempre em dobro!
Muita gente quer dar e não sabe como nem o quê. Deixo aqui algumas sugestões do que pode dar sem ter qualquer esforço financeiro:
- Dar um aperto de mão (bem forte)
- Dar um beijo (ou um miminho)
- Dar um abraço;
- Dar uma piscadela de olhos;
- Dar tudo por tudo;
- Dar a outra face;
- Dar a César o que é de César;
- Dar uma esperança;
- Dar o litro;
- Dar a volta por cima;
- Dar uma mão;
- Dar um jeitinho;
- Dar à luz;
E por fim… Dar tempo ao tempo.
Como pode ver, afinal todos nós temos algo para dar, e muitos são os desejosos por receber. Tal como S. Martinho e Saint Noëlle, e a exemplo de Jesus Cristo, nesta época de Natal ofereça uma das sugestões.
Seja feliz. Faça alguém feliz.

Gastão Crespo

A MEU PAI!

Que me ensinou a cantar
versos, da vida do povo, de expressão popular!
… Se voltasse, com certeza gostaria
de ler o que escrevo, em poesia!
- Ele foi quem me fez poeta
tanta vez me repreendeu, que não saísse pateta,
que não tivesse vergonha de trovar os sentimentos,
bastava cedo acordar, e arranjaria argumentos!

“De manhã, começa do dia,
depois das onze, vem o meio-dia!”.

Descalço, pobre, mas honrado
enxada nos ombros, terras fora
cavando…
- quantas vezes afaimado
por mais que fizesse, não chegava,
mas pelas barbas de seu rosto
essas, ele mesmo as respeitava
sempre pronto, à hora devida lá estava
com chuva, com frio, cavava!

À noite, junto à lareira
adormecia no banco, cansado,
era assim que se repousava!

Gostaria que voltasse, para que meus poemas lesse
dedicados a pessoas
às plantas e aos penedos
às velhas pedras da rua, quão movidas delatam segredos,
a Doutores!
Aos burros, presos às oliveiras
aos senhores de fato escuro, que agora só fazem asneiras
escrevo a toda a gente, até aos miúdos das escolas
aos pançudos avarentos e aos pobres que pedem esmolas,
aos pintores, aos pinheiros e às flores
às ruas e vielas e a quem transita por elas
às senhoras, viúvas, casadas, solteiras
aos relógios, ao vinho e às bebedeiras
poemas alegres e risonhos que rabisco nos meus sonhos!

Alguns suscitam mau estar
a quem os não sabe ler;
Paciência!
Escrevi aos surdos, às bruxas e aos ladrões
que vestem fatos, sem botões
aos ciganos, aos trafulhas
aos chimpanzés e macacos que na jaula joguem bulhas
ao circo… (agora é de graça)
os palhaços, já não fazem rir,
quando a caravana passa!

Pai,
eu continuo a trovar,
e quero, que saibas, lá onde estejas
que te continuo a amar!

Lino

SARDINHAS E CASTANHAS EM HONRA DO PADROEIRO

Foi no passado dia 16, domingo, que as Várzeas organizou uma festa em honra do seu padroeiro, S. Martinho.
A festividade começou com uma missa solene, em honra do padroeiro, seguindo-se a procissão pelas ruas do lugar, que, segundo a organização, “contou com a presença de muita gente”. Depois da cerimónia, foi altura de convívio junto do largo da capela do lugar, num dia em que o sol brilhou. O NOTÍCIAS DA FREGUESIA falou com Fernando Roque e José Luís Afonso, da comissão organizadora, que contaram a importância desta celebração, numa festa que se celebra há muitos anos. “Antigamente, a festa anual era em honra de S. Martinho”, afirmou Fernando Roque, lembrando a importância desta data para o lugar.
Depois, no decorrer da tarde, foi tempo para uma sardinhada junto ao largo da capela. O cheiro não deixava ninguém indiferente e, acompanhadas com broa e vinho tinto, ninguém ficava só a olhar para as sardinhas.
Mais tarde, e como é natural da época e símbolo de S. Martinho, houve ainda tempo para umas castanhas.
Maria da Conceição, que estava presente nesta comemoração, considerou a iniciativa “muito engraçada” e referiu ainda que “o convívio é sempre bom”. Manuel Antunes, também das Várzeas, afirmou, agarrado ao seu pedaço de broa que “o melhor é a sardinha que está mesmo boa!”.
Para além do convívio, foi ainda eleita e anunciada a nova comissão da capela. Assim, os nomeados para este cargo foram: Carlos Rui, Jorge Gaspar, Aurélio Francisco, Joaquim Francisco, Luís Miguel, José Eugénio, José Alberto e Augusta Miguel.



PAELLA E CASTANHAS REÚNEM LUGAR

A Associação de Promoção Cultural, Desportiva e Recreativa do Picoto (APCDRP) organizou, no passado domingo, dia 23, um almoço convívio na sede. O almoço teve como grande chamariz o prato principal: paella! Confeccionada por Vítor Gaspar, do Picoto, o prato reuniu, segundo a organização, cerca de 80 pessoas ao almoço.
O convívio continuou durante a tarde ao sabor da tradicional castanhada de S. Martinho onde, para além das castanhas, não faltou a tradicional água-pé para acompanhar, e também esta produzida no lugar.
José Soares, presidente da APCDRP, mostrou-se satisfeito pela adesão ao convívio, mas frisou que “se não fossem muitos imigrantes, a afluência não era tanta”. “Deviam ter vindo muito mais pessoas”, declarou.
Em conversa com o presidente, este declarou que os convívios tão característicos das pequenas localidades podem estar “condenados”. “O pouco que temos aqui, corre o risco de acabar, e acabar muito depressa”, disse referindo-se à excessiva burocratização exigida que permite que estes encontros estejam totalmente “dentro da lei”.
Burocratizações à parte, Gracinda João, que estava a assar as castanhas, disse ao NOTÍCIAS DA FREGUESIA que “a água-pé estava muito boa” e que estava “com calores” por estar de volta das castanhas. Quanto à adesão, a picotense apenas disse que “quando é de graça, todos aparecem, quando é para pagar…”.
Neste domingo, a verdade é que o convívio e a boa disposição foram protagonistas no Picoto.


DIA DO BOLINHO NO JARDIM-DE-INFÂNCIA

No dia 31 de Outubro, os meninos do jardim-de-infância de Vale da Pedra fizeram os bolinhos tradicionais. Os pais colaboraram com abóbora, ovos, açúcar, frutos secos e farinha.
O fogão da nossa escola está avariado, mas a mãe da Clarinha emprestou a sua cozinha para cozermos a abóbora.
Na nossa escola não tínhamos bacias grandes para amassar os bolos, mas a vizinha Ilda emprestou uma. Depois amassámos tudo na nossa escola e levámos à padaria do Vale da Pedra para cozer os bolinhos no forno.
Os senhores da padaria emprestaram tabuleiros grandes e ajudaram a meter os bolos do forno.
Quando os bolinhos chegaram à escola ainda vinham quentes e cheiravam muito bem.
A seguir levámos os bolos para casa dentro das nossas saquinhas.
Tirámos várias fotografias que gostávamos de mostrar, mas a nossa máquina fotográfica, é velha, teve problemas e desapareceram as fotografias.
Obrigado aos pais. Obrigado às vizinhas. Obrigado aos senhores da padaria do Vale da Pedra.
As crianças do jardim-de-infância mandam um beijinho a todos os que nos ajudaram.

As educadoras

RECOLHA DE SANGUE NA MOITA DA RODA

No dia 7 de Dezembro, domingo, haverá uma recolha de sangue no salão paroquial da Moita da Roda. A recolha decorrerá de manhã, entre as 9h00 e as 13h00.
Para ser dador basta candidatar-se à dádiva aquando a recolha de sangue. Para além disso, o dador tem de ter mais de 18 anos, pesar pelo menos 50 quilos e ter hábitos de vida saudáveis. No local, o possível dador é avaliado por um médico que lhe dirá se pode dar sangue. Vai ver que não custa nada e vai estar a ajudar os muitos doentes que, diariamente, precisam de sangue. Dê sangue, dê vida.