OBRAS JÁ ARRANCARAM

A casa paroquial do Souto da Carpalhosa está já em construção. Por iniciativa do Conselho Económico – constituído por um representante de todas as igrejas da paróquia – as obras de que há muito se falava na freguesia iniciaram este mês.
O NOTÍCIAS DA FREGUESIA foi falar com o pároco do Souto da Carpalhosa, Pe. José Baptista, a propósito de uma obra que não tem gerado consenso entre a população.
Durante esta conversa, que decorreu na sede dos escuteiros do Souto, local onde agora é o ponto de encontro com o pároco, foi desde logo confirmada a possibilidade que chegou a ser equacionada de construção de uma nova casa paroquial e recuperar a já existente com o intuito de se tornar um museu. Contudo, impôs-se a questão de quem iria reconstruir esta obra e, segundo adiantou o pároco, “a casa estava em condições que a tornariam difícil de manter e um museu não se sustenta a si próprio”. Por outro lado, o Pe. José Baptista referiu ainda a necessidade de a igreja do Souto ser “desafogada”, uma vez que a casa paroquial se encontrava muito perto desta. O nosso pároco referiu também que havia a possibilidade de construir uma casa nova mais afastada, mantendo a antiga, contudo, “a prioridade seria a construção da casa nova e, enquanto se fazia a mesma, a velha acabaria por cair”. “Mais ano menos ano a casa acabaria por cair e, por consequência, a outra ficaria desenquadrada”, afirmou.
Com a construção desta obra, que já está em marcha, a casa paroquial recua cerca de oito metros, libertando a área envolvente à igreja, e permitindo, ainda, que no futuro de construa um centro pastoral, com salas de catequese, enquadrado num plano que mantenha um espaço aberto em redor da igreja e que, por outro lado, defina um espaço de “adro” bem delimitado.
A característica que destaca esta nova casa, prende-se com a possibilidade de vir a permitir que, num mesmo espaço, se possam juntar e albergar vários padres da mesma vigararia. Esta forma de viver em comunidade será também uma resposta que se pretende dar face à falta de vocações sacerdotais, uma realidade cada vez mais presente no seio da Igreja. “Esta será também uma solução mais viável. Se houver três ou quatro padres a viverem em conjunto, é uma casa só que se tem de sustentar”, afirmou, para além de que a nossa paróquia é um espaço central na vigararia.
Porquê agora? Tal como se sabe, a obra em causa já era discutida há muitos anos, no entanto, foi por mão do actual Conselho Económico – que está representado até ao final do ano – que se decidiu pôr a obra em curso. “Ou era agora ou depois perdia-se. As pessoas desanimavam”, afirmou o Pe. José Baptista. Questionado sobre a previsão de conclusão da obra, a resposta foi clara e simples: “quanto mais depressa, melhor”. “Acredito que não deva levar muito tempo, mas como é óbvio, também só se pode ir fazendo conforme as possibilidades”, rematou.
Sobre a reacção que se tem sentido por parte da população, o nosso pároco afirmou que o apoio é muito grande, pois as pessoas sentem que a obra “é para toda a comunidade”. Contudo, sobre quem se manifestou contra a construção da nova casa e era a favor da reabilitação da antiga, o pároco afirma que respeita a opinião de cada um mas, “esta era a solução mais viável economicamente. Mas, há uma memória que, por consequência, acaba por se perder”. “Manter-se-ia se justificasse, mas julgámos (o Conselho Económico) não ser esse o caso”, referiu.
Relativamente ao passo que se deu para a construção da casa paroquial, o Pe. José Baptista mostrou-se bastante satisfeito, até porque, segundo ele, este passo “já era mais do que uma necessidade”.
Agora, e durante o decorrer das obras, a sede dos escuteiros do Souto é o ponto de encontro para quem se quer dirigir até ao pároco. Há muito que a antiga casa não oferecia quaisquer condições. Segundo o Pe. José Baptista as condições eram tais que, para a realização de reuniões, tinha que se recorrer a casa dos vizinhos. “Há algum tempo tive uma reunião com os padres da vigararia e tive de ir fazê-la aqui abaixo a uma casa particular!”, confessou.
“Estou satisfeito porque acho que esta é uma mais-valia tanto para a paróquia, como para o lugar do Souto”, rematou. A obra vai ser totalmente financiada pela Igreja e pela comunidade. Como tal, serão organizadas campanhas e iniciativas para a angariação de fundos para o financiamento de uma obra que, no fundo, é de todos. Para ajudar nesta causa, já houve uma primeira iniciativa, organizada pelo Conselho Económico e que serviu para comunicar o que estava a ser pensado para a realização da obra e, no dia 5 de Outubro, decorreu no Vale da Pedra um almoço de confraternização.



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