PORTUGAL ESTÁ A FICAR OBESO

A obesidade é, sem dúvida, o flagelo que mais afecta (e afectará) a saúde da população, em Portugal, em pleno século XXI. Segundo o estudo “Estilos de Vida: Impacto da Obesidade em Portugal”, realizado entre Abril e Maio deste ano, um terço da população portuguesa tem excesso de peso e 60,9% das mulheres são mesmo obesas.
O inquérito, realizado a 800 portugueses, revela que a população acima dos 55 anos é mais afectada pelo excesso de peso e pela obesidade. As domésticas e os reformados são apontados como os novos obesos, uma vez que 65,3% e 66%, respectivamente, sofrem de excesso de peso ou de obesidade.
Contudo, os habitantes do Centro Litoral e da Grande Lisboa são os que mais procurar combater o excesso de peso. Segundo este mesmo estudo, tanto os lisboetas (59,2%) como a população dos distritos de Aveiro, Leiria, Santarém e da parte do litoral de Coimbra (45,3%) optam por fazer uma alimentação equilibrada e mais cuidada para evitar o excesso de peso.
Os (maus) hábitos da população são os verdadeiros responsáveis por estes resultados. Para mais de metade dos inquiridos (51%), e de uma lista de 18 opções, ver televisão é o principal passatempo.
Para além das ocupações de tempos livres, dois de entre muitos factores que conduzem ao peso excessivo são a falta do pequeno-almoço e a falta de prática de actividade física. A maioria da população não sabe que o facto de não tomarem o pequeno-almoço conduz ao aumento de peso, pois às horas de sono somam-se mais algumas horas em se permanece de estômago quase vazio, o que leva a que a refeição seguinte seja mais calórica.
Por outro lado, a inactividade física, e segundo este mesmo estudo, é apontada por 61,4% dos inquiridos como prática corrente. Contudo, os homens são mais predispostos para se mexerem do que as mulheres, 51% contra 39,7%, respectivamente.
Das poucas actividades físicas praticadas, andar a pé e fazer caminhadas estão entre as actividades privilegiadas (56%), sendo que as justificações mais apontadas para a inactividade física são a falta de tempo (44,6%) e a preguiça (28%).
Paralelamente, e não menos importante, 61% não faz nada para evitar o excesso de peso, por considerar que não precisa ou “está bem assim” (77%).
Segundo dados da Plataforma de Luta Contra a Obesidade, também as crianças estão, cada vez mais, a padecer deste problema. Estima-se que uma em cada três crianças sofra de excesso de peso ou de obesidade, o que pode conduzir à formação de adultos nas mesmas circunstâncias.
Este inquérito, que teve como população em estudo 800 indivíduos do Continente com mais de 15 anos, foi feito pela empresa de estudos de mercado GfK Metris, para o Movimento Energia Positiva, uma iniciativa da Galp Energia conjuntamente com a Plataforma de Luta Contra a Obesidade, da Direcção-Geral de Saúde.

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